quarta-feira, 26 de março de 2014

em tempos de eleição em mossoró: "Reeleição e moralidade pública"

o    As campanhas políticas brasileiras vêm, eleição após eleição, apresentando um mesmo enredo: na busca irrefreada de votos, o candidato faz gordas promessas, mas, quando no poder, entrega magras realizações. É incrível como nossos políticos são criativos na hora de prometer, mas agudamente incompetentes no momento de honrar a palavra empenhada. O filme da ilusão do povo é conhecido e, como 2014 é ano eleitoral, sempre é tempo de revê-lo e, dessa forma, tentar melhorar o seu final.

Ora, em época de tamanho acesso à informação, o festival de vazias promessas eleitorais só pode ser atribuído à má-fé, à mentira ou, na melhor das hipóteses, ao descaso com a verdade. Ocorre que não deveria ser assim. A lei, sem meias palavras, estabelece firmes requisitos normativos com vistas a impedir o falseamento do jogo democrático.

Objetivamente, no registro eleitoral, os candidatos a prefeito, governador e presidente da República devem apresentar as respectivas propostas defendidas (art. 11, IX, da Lei 9504/1997). Uma vez registradas pela Justiça Eleitoral, as propostas e programas de governo traduzem ato jurídico perfeito, vinculando o candidato aos termos prometidos, bem como ao rol de preceitos políticos traçados na Constituição.

Seriedade parece ser uma palavra proibida no mundo da política
Entre tais preceitos, a Emenda Constitucional nº 16, de 4 de junho de 1997, modificando a redação do art. 14, § 5º, da CF/88, autorizou a possibilidade de reeleição do presidente, governadores e prefeitos. Acontece que a referida norma constitucional não atua como salvo-conduto a todo e qualquer governante que aspira a recondução eleitoral. Na democracia, a reeleição é, em tese, um fenômeno de natureza extraordinária, pois a regra é a alternância do poder. Aliás, a rotação dos partidos no governo é uma autêntica medida de proteção da moralidade pública, evitando a criação de feudos de interesses espúrios e distantes da necessária decência política.

Falando nisso, é sabido que a Constituição é um todo normativo que, para ser eficazmente interpretada, precisa de um olhar sistêmico e hermeneuticamente integrado. Nesse contexto constitucional concatenado, o art. 37 da Lei Maior estabeleceu a moralidade como um princípio cogente da administração pública direta e indireta. Consequentemente, exsurge a radiante certeza de que candidato mentiroso ou inconfiável, por não cumprir e honrar a palavra empenhada perante a Justiça Eleitoral, não tem condições morais de participar do jogo democrático e, muito menos, almejar ser reeleito.

Em outras palavras, a reeleição foi criada para ser séria e não maquiada por tintas de falsidade. O problema é que seriedade parece ser uma palavra proibida no mundo da política, um mundo no qual os decentes são tratados como tolos, enquanto os safados ganham holofotes de celebridades. Enfim, a lógica da política brasileira é completamente invertida, fragilizando os preceitos éticos que deveriam conduzir e pautar uma vida pública dirigida à promoção da honra, da honestidade e da verdade democrática. Aqui chegando, a questão que fica é uma só: até quando a mentirá compensará no Brasil?

Autor: Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr

O pt tem um bom discurso para criticar o chapão de henrique?

O deputado Mineiro (PT) informou, segundo o blog de Thaisa Galvão, que o discurso que será adotado pelo PT e PSD, supõe-se, será de questionamento ao palanque de Henrique, posto que, reunirá os ex-governadores dos últimos trinta anos do RN.

O questionamento poderá ser facilmente confrontado. Cito apenas alguns argumentos.

Dilma se elegeu presidente com o apoio de três ex-presidentes: Sarney, Collor e Lula. Buscará a reeleição com o apoio dos três novamente. Isso serviria de discurso para Aécio Neves ou Eduardo Campos?

Talvez queiram questionar a ‘qualidade’ dos ex-governadores potiguares? Caso seja essa a ideia, outros problemas poderão surgir. Por exemplo: como criticar o governo de Garibaldi? O homem é tão competente que virou Ministro da Previdência e olha que ele disse que não entendia bulhufas de previdência e mesmo assim foi indicado. Como criticar os governos de Wilma e Iberê? O PT potiguar participou dos dois.

E  nunca é demais lembrar que o PT durante muito tempo também questionou a 'qualidade' de Sarney e Collor, mas nem por isso abre mão do apoio dos dois. Entre Domingos Dutra (quadro histórico do PT) e Sarney, o partido preferiu o segundo.

Como criticar a aliança formada por Henrique? É bom lembrar que Henrique foi eleito presidente da Câmara (terceiro cargo mais importante da República) com o apoio total e irrestrito do próprio PT.

E nem é demais lembrar que o PT nacional tem a mais ampla aliança política já formada no país. A lembrança de alguns nomes que compõem o amplo leque de apoios do PT poderá causar náuseas nos mais sensíveis: Jader Barbalho, Maluf (adversário histórico do PT paulista), Collor (Lula, para criticar Eduardo Campos, o comparou a Collor), Romero Jucá, Sarney (apontado por Lula como ladrão e impostor) e Roseana (ex-PFL)...

Tudo pela governabilidade? Tudo pelo tempo de TV?

Ora, ora... Sendo válido para o plano nacional, como será criticado na esfera estadual?

E sobre o medo de traições que o deputado Mineiro afirma existir no chapão? Creio que o medo das ditas ‘traições’ é crível, mas não é assim em todo o ambiente político? O senador Suplicy dia desses estava na Tribuna do Senado com um medo danado de não ter a legenda do PT para disputar novamente a cadeira de senador. A imposição do nome de Humberto Costa como candidato a prefeito do Recife em 2012 em detrimento a postulação do prefeito Joao Paulo (PT) de se candidatar a reeleição. Luizianne Lins quer ser candidata a governadora do Ceará pelo PT, mas Dilma já avisou que apoiará o candidato de Cid Gomes (PROS). O que aconteceu com Crispiniano em Mossoró lembra alguma coisa? As rusgas na eleição do diretório em Natal... Ou seja, a regra é clara: quando a própria sobrevivência política é ameaçada, saiam da frente!!!

Arranjem outro discurso rapidinho...

henrique pedirá a lula e dilma para não subirem em palanques no rn


O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, anunciará nesta sexta-feira (28) sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte. Filiado ao PMDB, amigo do vice-presidente Michel Temer e defensor da reeleição de Dilma Rousseff, Henrique monta uma megacoligação que inclui até as legendas dos principais antagonistas da presidente: o PSB de Eduardo Campos e o PSDB de Aécio Neves. Paradoxalmente, a coligação exclui o PT.

Ao divulgar suas pretensões para 2014, Henrique posará para fotos ao lado da futura candidata ao Senado na sua chapa: a ex-governadora Wilma Faria, do PSB. No sábado (5) da semana que vem, em novo ato político, ele anunciará o nome do seu candidato a vice: o deputado João Maia, do PR.
Até o final de maio, Henrique deseja elaborar e registrar em cartório um programa de governo. A peça será rubricada pelos dirigentes dos partidos que o apoiarão. Umas 14 legendas, ele diz.
O PT não terá candidato ao governo potiguar. Mas apresentará ao eleitor uma postulante ao Senado: a deputada Fátima Bezerra. Refugada pelo PMDB, ela negocia sua presença na chapa que será encabeçada pelo atual vice-governador do Estado, Robinson Faria, do PSD de Gilberto Kassab.
Henrique pretende procurar Dilma e Lula para dizer-lhes que seus arranjos estaduais não alteram seu apoio à reeleição de Dilma no plano federal. Para ele, as duas estrelas do PT não deveriam subir em nenhum palanque no Rio Grande do Norte, já que os dois principais candidatos são fliados a legendas que apoiam o Planalto em Brasília.
De resto, o amigo de Michel Temer não cogita franquear seu palanque nem a Campos nem a Aécio. O acerto que negociou prevê que, no Rio Grande do Norte, cada partido cuida do seu presidenciável. Ah, Bom!
blog Josias

atenção prefeitos: fiquem atentos às novas informações divulgadas pelo MEC

Nos últimos dias, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou três informações de interesse dos Municípios acerca do Censo Escolar da Educação Básica. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta para a necessidade de os Municípios prestarem informações corretas e cumprirem os prazos estabelecidos.
 
A entidade destaca  que as matrículas apuradas são a base para a redistribuição dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e para as transferências de recursos da União aos Estados, Distrito Federal e Municípios, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
 
Segunda etapa do Censo Escolar 2013
A primeira informação recentemente divulgada refere-se à prorrogação do prazo relativo à segunda etapa do Censo Escolar 2013 para o dia 8 de abril deste ano. A medida foi publicada no dia 24 de março no Diário Oficial Da União (DOU), por meio da Portaria 109/2014. O prazo previsto anteriormente era dia 20 de março, conforme estabelecido pela Portaria de 138/2013. A coleta dos dados dessa segunda etapa do Censo Escolar deve ser feita utilizando-se o sistema Educacenso, no módulo situação do aluno, disponível no site do Inep.
 
A segunda etapa do censo escolar 2013 diz respeito à coleta das taxas de rendimento – aprovação, reprovação e abandono escolar. A taxa de aprovação é utlizada no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador de qualidade da educação escolar que também considera a média de desempenho dos alunos em língua portuguesa e matemática obtidas no Saeb ou na Prova Brasil.
 
Novidades na divulgação dos microdados
Desde o dia 21 de março, os microdados da primeira etapa do Censo Escolar 2013 estão disponíveis para consulta no site do Inep. Primeiramente, o Inep divulga a idade dos alunos com duas datas de referência: a idade completada pelo aluno até o final do ano e a idade completada pelo aluno até 31 de maio.
 
Por exemplo, se considerados os alunos com seis anos até 31 de maio, o Censo de 2013 registra 2.278.230 matrículas. Se considerados os alunos com seis anos até o final do ano, essa matrícula se reduz a 1.049.650. Isso ocorre porque muitos alunos com seis anos em 31 de maio completam sete anos até o final do ano.
 
Em segundo lugar, foram divulgados os dados sobre alunos com deficiência que precisariam de algum recurso específico na aplicação dos testes do Saeb ou Prova Brasil. Esses dados já foram utilizados pelo Inep na aplicação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), da Prova Brasil e da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) em 2013.
 
Gilberto Marques/Secom SPGilberto Marques/Secom SP
Primeira etapa do Censo de 2014
A terceira informação divulgada pelo Inep nos últimos dias refere-se aos prazos e procedimentos para a primeira etapa do Censo Escolar de 2014, constantes da Portaria 105/2014. A partir de 28 de maio, estará aberto o Sistema Educacenso na internet para a coleta dos dados da primeira etapa do Censo 2014, com informações detalhadas sobre escolas, alunos, professores e turmas de todas as etapas e modalidades da educação básica do país.
 
De 28 de maio a 15 de agosto, esses dados devem ser digitados e encaminhados via internet ao Inep, tendo como data de referência para as informações prestadas o dia 28 de maio de 2014, denominado Dia Nacional do Censo Escolar da Educação Básica.
 
O sistema Educacenso será reaberto para eventuais retificações 30 dias após a publicação dos dados preliminares no Diário Oficial da União, prevista para agosto. Os dados finais resultantes das correções e verificações do Censo Escolar serão publicados no dia 23 de dezembro, no Diário Oficial da União.
 
Acesse aqui o sistema Educacenso.
 
Acesse aqui os microdados da primeira etapa do Censo Escolar 2013.

CNM

Riacho da Cruz: prefeitura finaliza construção de aterro sanitário

O blog do amigo Edielson Soares (Portalegre) apresenta uma matéria sobre a construção de um aterro sanitário no município de Riacho da Cruz. Fiquei surpreso com a matéria, pois recentemente noticiei AQUI no blog que NENHUM município de nossa região conseguiria cumprir o prazo estabelecido para erradicação de lixões (02-08-2014).

O custo e a complexidade da construção de um aterro sanitário, imaginei, desautorizaria qualquer iniciativa isolada. Pelo que foi publicado por Edielson, o município de Riacho da Cruz encontrou um caminho.

Reproduzo:

A Prefeita Bernadete Rêgo, realizou recentemente visita a Obra de Construção do Aterro Sanitário Controlado do município de Riacho da Cruz/RN. Acompanhada dos Secretários de Obras e Urbanismo Deomar Gomes e de Agricultura Magnus Kelly, a Prefeita conferiu de perto os trabalhos que muito em breve estarão beneficiando a comunidade riacho-cruzense.



A Obra do Aterro Sanitário é uma importante iniciativa da gestão "Em Boas Mãos" que, inicialmente, realizou Estudo do Terreno, bem como Elaborou o Projeto e conseguiu Licença junto ao Instituto de Defesa do Meio Ambiente - IDEMA/RN, trâmites que antecedem a execução da Obra. Agora, iniciada a construção, muito em breve os resíduos sólidos do município terão destino adequado, garantindo a Preservação do Meio Ambiente local, tendo em vista que os dejetos passarão a não afetar o solo, assim como os lençóis freáticos. 


Para a Gestora do Executivo Municipal, o Aterro Sanitário é apenas o primeiro passo, tendo em vista que uma Campanha de Educação Ambiental foi inciada recentemente, com Plantio de Mudas em locais públicos de toda a cidade, assim como melhoras no Sistema de Esgotamento Sanitário nas Lagoas de Estabilização. O Segundo passo será a implantação da Coleta Seletiva, que, ao mesmo tempo, favorecerá a 
Limpeza das Vias Públicas, garantindo novas Oportunidades de Geração de Renda para as famílias da comunidade riacho-cruzense.




Leia mais:

CONTRATO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO ALTO OESTE FOI ASSINADO

PORTALEGRE: HOMOLOGAÇÃO DO EDITAL DO RESULTADO FINAL DO PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO

Leiam:

GABINETE DO PREFEITO
PORTARIA Nº 128/2014 - HOMOLOGAÇÃO DO EDITAL DO RESULTADO FINAL DO PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO Nº 001/2014 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTALEGRE, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais e nos termos do art. 22 da Lei Orgânica do Município e,

CONSIDERANDO o Processo Seletivo Simplificado nº. 001/2014, deflagrado em 28 de fevereiro de 2014;

CONSIDERANDO o que estabelece O Item 7.0 do Edital nº 001/2014 de 28 de Fevereiro de 2014,

RESOLVE:

Art.1º. TORNAR PÚBLICO o resultado final do Processo Seletivo Simplificado nº001/2014, na seguinte ordem:

MOTORISTAS
Nº DE INSC.
NOME DO CANDIDATO
PONTUAÇÃO
CLASSIF.
PP
EP
TOTAL
019/2014
Geraldo Júnior de Souza
5,2
3,5
8,7
003/2014
Francisco Fabiano Turíbio Rocha
5,5
0,5
6,0
02/2014
Francisco Charles de Souza Oliveira
5,5
0,0
5,5
010/2014
Francisco João Leonardo Fernandes de Paiva
5,4
0,0
5,4
004/2014
Valderi Freitas da Silva
5,1
0,0
5,1
014/2014
Antônio Roxinayd de Sales Barbosa
5,0
0,0
5,0
006/2014
Francisco das Chagas de Souza Diniz
*
*
*
*
016/2014
Zacarias Freire de Paiva
*
*
*
*
COVEIRO
012/214
Alexsandro Gomes de Assis
6,0
1,0
7,0


















Art.2º HOMOLOGAR o resultado final no concurso provenientes do Município de Portalegre proveniente do Processo Seletivo Simplificado nº001/2014.

Art.3º Esta Portaria entra em vigor na sua publicação.

Publique-se e cumpra-se

MANOEL DE FREITAS NETO

Prefeito Municipal

Currais Novos: Justiça determina exoneração de ocupantes de cargos de confiança do Estado

Uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE-RN), em 2012, contra o Governo do Estado e a prefeitura municipal de Currais Novos ganha mais um capítulo. Trata-se da necessidade da contratação de 78 médicos, 10 assistentes sociais e 30 enfermeiros para atuarem no Hospital Regional de Currais Novos. A determinação que foi proferida pela Justiça Estadual, através de decisão proferida pelo juiz Marcus Vinícius Pereira Júnior, porém descumprida pela parte ré.
Segundo consta nos autos do processo nº 0001391-23.2012.8.20.0103, o Estado do Rio Grande do Norte nomeou/transferiu para a unidade apenas seis médicos, 11 enfermeiros, um farmacêutico, um bioquímico e 30 trinta técnicos de enfermagem. As informações foram prestadas em 18 de fevereiro de 2014, por Carlos Magno Correia Gomes, diretor Administrativo da unidade hospitalar.
O fato descumpre a determinação judicial, cujo prazo já expirou, havendo completado quatro meses. O Estado alega a inexistência de recursos para o cumprimento da determinação judicial de nomeação.
Com o objetivo de resolver a pendência, o magistrado determinou em 19 de março de 2014 a suspensão de todas as nomeações de servidores por parte do Estado para o exercício de cargos de confiança, ou seja, aqueles exercidos por pessoas que não integram os quadros efetivos do Rio Grande do Norte. Marcus Vinícius ordena a exoneração das pessoas ocupantes desses cargos em âmbito estatual, tendo em vista as prioridades, com o fim de adequar à realidade orçamentária do RN e a consequente disponibilização de recursos financeiros para a contratação determinada pelo Juízo de Currais Novos.
TJRN

Pau dos Ferros: MP ajuíza duas ações contra Eletromotos Leite


O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Pau dos Ferros, ajuizou duas ações junto a 1ª Vara Cível da Comarca contra condutas abusivas e lesivas aos consumidores praticadas pela empresa Eletromotos Leite e outros nove demandados (sócios e empresas).
 
Segundo investigações do Ministério Público, a Eletromotos Leite não possui em seu objeto social autorização para a compra e venda de motocicletas. Além disso, vários consumidores informaram à Promotoria de Justiça que não receberam as motocicletas sorteadas (nem mesmo nos casos de quitação integral do contrato) ou a devolução das quantias pagas.
 
Para o ajuizamento da ação, o MPRN também levou em consideração que no dia 31 de janeiro de 2014, a empresa Moto Premiada, sucessora da Eletromotos Leite em Pau dos Ferros, fechou definitivamente o estabelecimento empresarial. E isso ocorreu sem prévio aviso aos consumidores, deixando no prejuízo dezenas de pessoas da localidade.
 
Ações ajuizadas
 
A primeira é a ação cautelar de arresto nº 0100382-48.2014.8.20.0108, que inicialmente tramitou sob sigilo. Nesta, o MP obteve liminar, já cumprida, tornando indisponíveis bens dos demandados.
 
A segunda, é a ação civil pública nº 0100664-86.2014.8.20.0108, ajuizada no  último dia 21/03. Esta ACP tem como objetivo a declaração de nulidade de cláusulas contratuais abusivas nos chamados contratos de “compra premiada” e a indenização dos consumidores da Comarca de Pau dos Ferros pelos danos materiais e morais coletivos.

por Diretoria de Comunicação

terça-feira, 25 de março de 2014

O consumidor nordestino deverá gastar em média R$ 632,11 com vestuário neste ano

O consumidor brasileiro deverá gastar em média R$ 810,84 com vestuário neste ano. A pesquisa realizada pela Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência, divulgada ontem, também informou que o Nordeste tem a menor média de consumo anual per capita do País, com R$ 632,11. Em primeiro lugar, ficou a região Sul (R$941,67).
O valor da média nacional é 3% superior ao do ano anterior, de R$ 786. O estudo também prevê que o consumo total de vestuário no País deverá encerrar 2014 com um volume de R$ 138 bilhões. O Nordeste, apesar de apresentar a menor média em expectativa de gasto por habitante, é o segundo maior em potencial de consumo (R$ 25.939 milhões), atrás apenas do Sudeste (R$ 67.997 milhões).
De acordo com o superintende do Sistema Fecomércio - CE, Alex Araújo, a região tem duas características que a diferenciam das demais. Primeiramente, a renda média do Nordeste é inferior à do Sudeste, por exemplo, e isso tem relação direta com o potencial de consumo. Em segundo lugar, está o fato de as estações do ano não serem tão bem definidas. "Diferentemente de onde há grande variação nas temperaturas médias de verão e inverno, levando famílias a fazerem troca de parte do guarda roupa, no Nordeste, o clima colabora para que não sejam necessárias essas despesas, principalmente com roupas de frio que tendem a ser mais caras", diz.
De acordo com o estudo, tanto no Brasil quanto no Nordeste, as classes C e B serão as maiores consumidoras, e a classe A, a menor. Alex acredita que isso se deve, além do maior contingente nas classes B e C, às maiores opções de consumo da classe A.
DN

Banco Central e inflação

Mais uma semana intensa nos mercados. Nesta, repercutiu negativamente o imbróglio em torno da compra pela Petrobras da refinaria em Passadena, no Texas, e os valores nebulosos envolvidos. As coisas ainda pioraram depois que a presidente Dilma, então presidindo o Conselho da estatal, se omitiu, dizendo não saber sobre detalhes destas operações.
Além disto, especulações sobre uma pesquisa eleitoral do Ibope na quinta-feira, anunciando perda de votos da candidata Dilma e recuperação dos oposicionistas deram um alerta aos mercados. Dois outros fatos também foram destaques. Um foi a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Fomc) da presidente eleita do Federal Reserve (FED, o Banco Central norte-americano), Janet Yellen; outro, o debate em torno da atuação do Banco Central e a vigilância sobre a inflação. Falemos sobre ambos.
A reunião do Fed, com Janet Yellen no comando, manteve a mesma estratégia de desmonte dos estímulos, reduzindo as compras de ativos em US$ 10 bilhões a cada reunião, agora a US$ 55 bilhões, com o juro entre zero e 0,25% anuais. A grande novidade, no entanto, foi a mudança no tom do comunicado, agora mais transparente sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Janet disse que a política de retirada deve ocorrer entre setembro e outubro, e num “horizonte relevante”, possivelmente, num prazo de seis meses, elevar o juro até o fim do primeiro semestre de 2015. Com a economia crescendo entre 2,8% e 3,0% anuais, o desemprego a 6,6% da PEA e a inflação ainda baixa, em 12 meses, a 1,1%, ambos de janeiro, o Fed não veria necessidade, neste momento, de mudanças na estratégia atual. Mas e depois? Num mundo se reacomodando para um novo patamar de liquidez, solavancos poderiam ser inevitáveis.
O Fed havia anunciado antes uma política de orientação futura (foward guidance) para quando o gatilho da inflação chegasse a 2% e o desemprego recuasse a 6,5% da PEA. Agora, resolveu retirar o gatilho e passou considerar uma série de indicadores conjugados, como inflação, mercado de trabalho no longo prazo, produtividade, etc. Achamos que o juro deve ser ajustado gradualmente em 2015, fechando a 1% e próximo a 2% em 2016. Esta tendência de alta pode ser vista pelo comportamento dos rendimentos nos mercados de títulos: os de curto prazo sinalizam uma taxa de juros entre 3% e 3,5% e os de longo prazo, os T Bonds de 30 anos, algo próximo a 4% anuais. Estas taxas, embora altas, são mais baixas do que as praticadas nos mercados antes da crise de 2008.
Retornando ao Brasil, Alexandre Tombini, na CAE na semana passada, disse que “o país não estaria condenado a ter uma inflação acima da meta”. Desde a posse da Presidente Dilma, em 2011, a partir da virada da política econômica, a inflação se manteve acima de 4,5%, tendo chegado a 7,34% em meados de 2011. Neste início de 2014, as expectativas eram de uma inflação mais comportada, dada os alimentos mais baixos, mas os últimos acontecimentos desautorizam tal prognóstico.
Com as estiagens se alastrando ao longo deste verão, este item acabou duramente impactado, com destaque para verduras, hortaliças e frutas, sem esquecer algumas commodities, como o café, trigo e soja. Agora, com as pastagens secas, os preços das carnes estão sendo afetados. Os alimentos in natura, agora pressionados, podem devolver estas altas nos próximos meses, dado seu ciclo rápido de produção e escoamento, mas a carne tende à alta ao longo do ano, perigando na entressafra de setembro e outubro.
Uma série de ajustes pendentes deve estourar as projeções deste ano, como no caso dos transportes urbanos, a energia elétrica e gasolina
Mas os problemas não se resumem aos alimentos. Devemos lembrar também dos preços administrados, previstos na ata do Copom em 4,5%, depois de serem represados em 1% em 2013. Uma série de ajustes pendentes deve estourar as projeções deste ano, como no caso dos transportes urbanos, a energia elétrica e gasolina. Os reajustes dos transportes já ocorrem em alguns estados; a energia elétrica, prevista para ser reajustada em 7,5% neste ano, pela ata, deve ocorrer depois das eleições, se prolongando ao longo de 2015 (ou além); já a gasolina também deve ocorrer neste ano, depois das eleições, dada a perda de rentabilidade recente da Petrobras e o nível preocupante de produção e endividamento.
Serviços também é um item preocupante, se mantendo, em 12 meses, acima de 8%, mas devendo ser maior até junho, com a Copa do Mundo e o encarecimento de itens como almoço fora do domicílio, médicos, serviços diversos, etc.
E o que dizer de choques exógenos recorrentes, como no caso dos transportes aéreos em época de infraestrutura precária e Copa do Mundo? Neste mês de março, o IPCA-15, por exemplo, registrou 0,73%, com passagens aéreas reajustadas em 27,1%, depois de recuarem 20,3% em fevereiro.
Poderíamos também estar atentos ao câmbio, em torno de R$ 2,35 neste início de ano, mas devendo depreciar ainda mais nos próximos meses, dada a volatilidade das eleições e a retirada dos estímulos monetários do Fed, analisado acima. Esta consultoria, por ora, projeta uma taxa de câmbio em torno de R$ 2,55 ao fim deste ano.
Enfim, embora o Bacen e o mercado tenham deixado no ar a possibilidade de uma parada técnica no ajuste do juro para a reunião do Copom em abril (dias 1 e 2), não dá para ter certeza sobre esta possibilidade. A Lopes Filho projeta a taxa de juros de 2014 a 11% e em 2015 a 12%, mas o comportamento errático da inflação, a qualquer momento devendo romper o limite da meta nos 6,5%, coloca em risco estas projeções. Em complemento, para este ano estamos prevendo o IPCA a 6,2% e o IGP-M a 6,1%. Consideramos que o BACEN, por ter definido trabalhar sempre no limite superior da meta, entre 4,5% e 6,5% (com muitos achando o “centro real” da meta 5,5%), acaba se expondo em demasia às perigosas mudanças de patamar da inflação, geradas por choques inesperados. Aguardemos os próximos meses, mas tudo leva a crer que novas mudanças nas nossas projeções de inflação e taxa de juros serão necessárias.