sábado, 16 de maio de 2015

dirigentes da ADUERN teriam cogitado não fazer greve por causa do PT-RN. É o mesmo que admitir que a greve de 2014 foi feita pelo PT-RN...

Não acredito que dirigentes da ADUERN coloquem os interesses partidários acima dos direitos dos docentes. E se tal descarramento passar pela cabeça de algum, que tenha, ao menos, a hombridade de se afastar da diretoria.
É momento de buscar o cumprimento do acordo celebrado no ano passado e que foi possível após a paralisação das atividades por período longo. Não se pode esquecer, casuisticamente, os desdobramentos negativos que a longa greve gerou aos alunos e a sociedade.
É preciso ter responsabilidade na condução da questão para não degringolar para atender interesses alheios e estranhos aos servidores e, principalmente, desmoralizar a paralisação que foi feita em 2014, carimbando-a como uma manobra eleitoreira e oportunista.
O jornalista Cesar Santos informa que uma Pró-reitora teria dito na reunião dos professores que a greve não seria boa para o governo e não se deveria esquecer que o PT faz parte do governo...
Não exigir o cumprimento do acordo celebrado e "atravessar" o debate com assuntos alheios aos interesses dos servidores serve para desmoralizar a greve realizada em 2014 e para evidenciar que os servidores e alunos da UERN teriam participado de uma pantomima patrocinada por irresponsáveis e para atender uma agenda eleitoreira que interessava ao grupo político que agora virou vidraça.
É, no mínimo, desastroso, vexaminoso... Seria o fim da ADUERN (?) Estariam dispostos a sacrificarem o histórico da entidade no altar das conveniências políticas e eleitorais?
O troço é tão estranho que é difícil acreditar que tal assunto tenha sido debatido e ainda na presença do Líder do Governo na ALRN (?)
Leiam:
Os interesses do PT estão acima dos interesses dos servidores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Foi o que deixou bem claro um grupo enraizado na Aduern, durante a assembleia da categoria para definir indicativo de greve, dentro da campanha salarial, realizada nesta sexta-feira (14).
Provocou indignação.
O blog recebeu relato de um grupo de professores decepcionados com a Aduern e com a postura de dirigentes que estão colocando o PT acima do movimento dos professores e técnicos-administrativos da Uern.
Veja:
“1- O deputado Fernando mineiro, líder do governo na Assembleia, lá esteve,” entrou mudo e saiu calado”. Por que os representantes não deram a palavra ao deputado para ouvi-lo e para pedir que intermediasse o processo junto ao governo do qual faz parte?
2- A pro-reitora adjunta Ivonete Soares pediu a palavra para ao final  comentar, sob a alegação de que abriria uma parentese em sua fala: “não podemos  esquecer que o PT faz parte desse governo e essa grave não seria boa para o governo” (verificar os termos  exatos da afirmação). Surreal, inacreditável!!!!
3- Na Assembleia escutou-se argumentos do tipo: devemos dar voto de confiança ao governo tendo em vista que foram gentis (governador e secretário de planejamento) e  trataram os representantes da ADUERN presentes com muita gentileza e polidez” (Prof. Zezineto diretor da FACEM). Ouvir tais palavras vinda de pessoas experientes em matéria de conflitos e reivindicação salarial pode ser considerado como uma afronta ao bom senso da categoria !
4- Por que, se no encontro de ontem o governador pediu determinado prazo para análise da questão, os representantes que lá estavam já não deixaram agendado o possível novo encontro?
5- Diante da justíssima reivindicação de incorporar a pauta do investimento em infraestrutura, criou-se um “conveniente” debate paralelo, onde (ou por meio do qual?) se diluiu a questão central, onde petistas e comissionados da administração praticamente monopolizaram o tempo e a paciência dos professores com discursos pró protelação da greve.
6- Não se trata exatamente de negociação, trata-se de cumprimento de acordo, de compromisso assumido, pelo governo anterior, pela reitoria e pelo governador (em campanha). Podemos dizer que trata-se de cumprimento da lei,  posto que o recurso já se encontra alocado no orçamento da instituição.  A UERN não tem autonomia sequer para executar seu orçamento com relação à folha de pagamento?
Conclusão:
1- O reajuste decidido pela categoria  e aprovado pela governadora Rosalba Ciarlini em 2014 parece ter sido elaborado com base na possibilidade de reeleição da mesma.  Se Rosalba ainda estivesse no comando do executivo haveria tanta condescendência com relação a um direito de reajuste cujo recurso já foi incorporado ao orçamento da instituição?
2- Corre-se o risco de, ao alterar a pauta de reivindicação relacionada à infraestrutura, o governo peça “mais um tempo” para analisar a questão.
3- A correlação de forças favorece a acomodação:
a) Verificamos um sindicato vinculado ao Partido dos Trabalhadores circunstancialmente mais preocupado com os interesses do  partido do que com o interesse da categoria.
b) Um reitor no comando de muitos cargos comissionados pressionando pela não adesão à greve”.
c) Para o governador Robinson Faria, conceder o reajuste da UERN abre o precedente para a reivindicação de outras categorias. Para o Partido dos Trabalhadores, entrar em greve reforçará a crise do governo estadual e federal, não sendo nada interessante para o Partido e seus adeptos professores e sindicalistas vinculados a (AD) UERN.
blog de Cesar Santos

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