A
"gestação" do Arena das Dunas ocorreu no governo Wilma de Faria e
"nasceu" no governo de Rosalba Ciarline.
Foi o "esforço" ou, como gostam de dizer os políticos, foi uma "luta" de várias lideranças que viabilizou a construção do Arena.
Foi o "esforço" ou, como gostam de dizer os políticos, foi uma "luta" de várias lideranças que viabilizou a construção do Arena.
Um espaço estruturado
para realização de eventos diversos, tendo em vista a fragilidade do futebol
potiguar. A viabilidade seria alcançada pela utilização diversificada do
espaço: shows, exposições, espaços comerciais e, eventualmente, partidas de
futebol.
Uma Parceria
Público-Privada (PPP) entre a OAS Engenharia e o governo do estado tirou o
projeto da prancheta. A empresa conseguiu o empréstimo no BNDES e o governo foi
o avalista da operação, apresentando como garantias os recursos dos royalties
do petróleo e outros bens públicos.
O contrato
celebrado, ao final, resultará no desembolso de R$ 1,3 bilhões por parte do
"rico" erário potiguar.
Olhando a
coisa como realmente é, não sobram dúvidas que o contribuinte potiguar bancará,
por quase duas décadas, o maior monumento a insensatez levado a cabo na
terra de Poty.
Em 2010
foi lançado o PAC da Copa e o "devaneio" dos políticos
potiguares foi anunciado como o caminho mais adequado para proporcionar um "legado" em obras de mobilidade
urbana, além de outros projetos de infraestrutura.
O governo
potiguar apresentou 18 projetos ao governo federal e aprovou 16, com
investimentos anunciados de, aproximadamente, R$ 400 milhões.
Disse a
governadora Wima de Faria: "É um volume grande de investimentos em
infraestrutura que vai beneficiar Natal após o evento. As melhorias viárias serão
os mais importantes legados físicos do evento em nosso Estado".
O Jornal Tribuna do
Norte apontou a
engenharia econômica para construção do estádio:
"Para o “Estádio das Dunas”, o
Estado receberá R$ 370 milhões por intermédio do BNDES. Os R$ 30 milhões restantes para
viabilização do projeto serão aplicados pelo Governo do Estado e Prefeitura de
Natal, a título de contrapartida. O modelo aprovado por Lula prevê
que investidores - públicos ou privados - dos estádios possam contratar
empréstimo no BNDES de até R$ 400 milhões, o que deve corresponder no máximo a
75% do valor da obra. Os demais 25%, o que corresponde a R$ 100 milhões por
arena, deverão ser captados pelos governos locais ou setor privado sem o
auxílio do BNDES."
O
"legado": "Os R$ 400 milhões serão
aplicados em obras como a duplicação da avenida Mor Gouveia, complexo viário na
altura da Urbana, com a construção de túneis e viadutos, ligação da Via
Costeira com a avenida Engenheiro Roberto Freire, com a eliminação da rótula
existente e construção de elevados, entre outros complexos viários, como a
construção de um viaduto integrando as avenidas Ayrton Senna e Roberto Freire,
na zona sul da capital."
O que
restou da "megalomania":
- um
estádio bem acima da realidade do futebol potiguar;
- uma
dívida que tunga o erário em R$ 90 milhões por ano;
- obras de
mobilidade urbana que não saíram do papel;
- anúncio
da venda do Arena.
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