domingo, 14 de junho de 2015

muita pirotecnia e pouco resultado

Existe uma pirotecnia enorme no lançamento de determinados programas apontados como redentores para as populações pobres do semiárido. A história da seca é repleta de soluções mirabolantes e... pífias. Se gasta muito com estudos, consultorias, viagens, seminários e pouco com o que é mais necessário: extensão rural e investimentos em tecnologias adaptadas. 

Não se compreenda com isso que eu seja contra os estudos, mas tão somente que sejam realizados pela Universidade e que o foco seja realmente aportar mais recursos na melhoria dos sistemas produtivos. Gastar menos com consultorias e mais com o que realmente interessa.

O RN é pródigo em projetos que não deram em quase nada. Já foram aplicados milhões de dólares, em programas como o PAPP, PCPR, Desenvolvimento Solidário...e o que temos? Um enorme vazio produtivo e o que é pior: em expansão.

Aí lemos alguns estudos realizados para justificar os aportes realizados por organismos internacionais que 'pintam' um quadro de perfeição, quando na realidade o que se tem é o plantio de um hectare de algodão orgânico, criação de treze galinhas caipiras, trinta e dois peixes, três colmeias, meia hectare de mamona para produzir biodiesel (outro engodo)...e apontam como experiências de sucesso?

Geralmente, seis meses depois está tudo acabado e a descrença do produtor só aumenta. 

A descrença só não é maior do que o 'entusiasmo' de alguns representantes dos "povos sofridos", em especial, dirigentes de ONG's, Sindicatos, Associações...É uma loucura. 

Que os sérios, e eles existem, não se ofendam.

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