terça-feira, 24 de novembro de 2015

desemprego recorde no rn


O Rio Grande do Norte teve a segunda maior taxa de desemprego do Brasil no terceiro trimestre de 2015. Os dados divulgados nesta terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o estado acumulou índice de desocupação de 12,6% entre julho e setembro. Natal e a região metropolitana também figuraram entre as cinco maiores taxas de desemprego.

Os números do IBGE são referentes a pessoas de 14 anos ou mais de idade que estavam procurando trabalho na semana de referência. A taxa identificada no RN representa um universo de 198 mil pessoas desempregadas. Apenas a Bahia, com 12,8%, teve índice de desemprego maior que o Rio Grande do Norte. A taxa registrada no estado também foi a maior da série histórica iniciada em 2012.

Para o analista Ivanílton Passos, os problemas relacionados ao mercado de trabalho do estado são antigos. "A economia é muito dependente da administração pública, não temos grandes empresas e nossa mão-de-obra é de baixa qualificação. A economia informal, de conta própria, é a base de sobrevivência de um grande número de pessoas", explica.


Com taxa de desocupação de 13,7%, a região metropolitana teve 104 mil pessoas desempregadas. O índice foi o terceiro pior do país, atrás das regiões metropolitanas de Salvador (17%) e São Luís (14%). Para traçar um comparativo, a região metropolitana de Florianópolis, com 4,9% de desemprego, registrou a menor taxa do país.

O analista do IBGE destaca que a construção civil pesou na balança para a Grande Natal. "A desocupação tem se acentuado principalmente na construção civil, que tem como característica ser abastecido por mão-de-obra de baixa qualificação. As demissões do setor dificultam cada vez mais o acesso ao mercado de trabalho. Quem é penalizado em primeira instância é a classe trabalhadora", acrescenta Passos.

Por fim, Natal registrou uma taxa de desemprego de 13,7%, a quarta maior do país. As cidades de Salvador (16,1%), São Luís (14,7%) e Macapá (13,9%) lideraram o ranking da desocupação.
G1RN

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