quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Deputado 'descobriu' a solução para os problemas do rn: o turismo

Nos momentos de crise, existem dois caminhos que podemos seguir: lamentar as dificuldades e se acomodar ou buscar alternativas para reverter o cenário econômico desfavorável. Eu aposto no segundo. Se tratando do Rio Grande do Norte, não há mistério. Investir no Turismo, nossa principal atividade econômica, é a chave para aumentar a arrecadação do Estado, gerar empregos e, desta forma, conseguir melhorar o desempenho econômico.
Somente no ano de 2015, o Turismo movimentou mais R$ 3 bilhões em âmbito potiguar, correspondendo a 8% do Produto Interno Bruno (PIB) do Estado. São cerca de 100 mil empregos gerados pelo setor. Para 2016, a expectativa é ainda melhor, devido à regulamentação da Lei do Turismo, de autoria do nosso mandato, que criou o Fundo Estadual do Turismo (Fundetur), cuja finalidade é de arrecadar recursos a serem utilizados exclusivamente para a promoção dos potenciais do RN no Brasil e no exterior.
Algumas pessoas questionam se, no momento de crise, é possível crescer na atividade turística. A resposta é sim. Eu diria até que o momento favorece. Com a desvalorização do Real diante de moedas como o Dólar e o Euro, ficou muito mais caro viajar para o exterior. Temos que aproveitar para atrair os turistas de outras localidades do Brasil para o nosso Estado. Já para os estrangeiros, ficou mais barato viajar rumo aos destinos brasileiros. Por meio de fortes campanhas publicitárias, será possível atrair cada vez um número maior de visitantes.
Nós temos hoje 40 mil leitos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para receber turistas. Desses, 28 mil estão na região metropolitana. Os outros 12 mil no interior. A meta é, com os recursos capitaneados pelo Fundetur, proporcionar a maior ocupação possível, durante todo ano. A Lei também prevê a interiorização da atividade, explorando os destinos do nosso interior como vitrines para receber novos turistas.
Temos muitos potenciais a serem explorados. O ano começa com o atrativo verão do litoral do nosso estado, um dos mais belos do mundo. Durante o Carnaval, cidades como Apodí, Caicó e Macau já despontam como destinos de grande procura. No período do São João, Mossoró e Assú consolidaram seus eventos no calendário nordestino. Ainda temos as cidades serranas, como Martins, Portalegre e Serro Corá. O circuito das Serras do Oeste, que conta com festivais gastronômicos e muitos outros atrativos, possui grande potencial para ser explorado.
Outro setor a ser trabalhado é o religioso, no qual Santa Cruz já desponta no cenário nacional. Também são realizados festivais gastronômicos, literário e diversas atividades no decorrer do ano. O que precisamos, e com o Fundetur existem agora recursos garantidos para isso, é promover esses nossos potenciais, que são vastos. É pensando grande que o Rio Grande do Norte terá todas as condições para crescer economicamente mesmo diante da crise. Pensar grande é aproveitar todos os potenciais que a nossa principal atividade econômica tem a oferecer.
Gustavo Fernandes - Deputado estadual
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Potiguares: Chegou a GuguTur!
          

Não se irritem! É apenas brincadeira, mas vamos considerar alguns aspectos:
- o custo aeroportuário no RN caiu significativamente?
- as empresas de aviação estão operando numa situação melhor ou pior diante da crise?
- o dólar só está apreciado no RN?
- aumentos de desemprego e de inflação favorecem expansão de algum setor econômico?
- aumentar a carga tributária serve de estímulo ao consumo? Ao empreendedorismo?
- só existe litoral, praia, Sol e bunda no RN?
Mas... Vamos ser otimistas e admitir um exponencial crescimento do turismo no RN.
Digamos que ocorra um crescimento de 50% (alguém aí é mais otimista?) e o turismo passe a ter uma maior participação no PIB potiguar, mas...
- tão vigoroso crescimento mais que compensará o derretimento dos demais setores?
- a criação de empregos no setor turístico será suficiente para compensar a redução nos demais?
Vossa excelência tem todo o direito de "vender seu peixe", digo, de defender seu projeto, afinal é realmente meritório, mas não ocorrerá uma invasão de gringos loucos para torrar dólares no RN.
O turismo é uma atividade supérflua e a crise fará muitos brasileiros cortarem muito mais do que os supérfluos.
Não existe turismo que se sustente numa festa anual de padroeira ou carnaval de 'mela-mela'. Muitas estradas no interior estão em situação crítica e o tal "Circuito das Serras" existe apenas no papel.
Temos Sol e bunda, mas outros destinos oferecem a mesma coisa, além de outros atrativos.

E olha que nem vou escrever sobre a seca (disponibilidade de água potável), a (in)segurança pública (repercussão nacional) e as doenças tropicais (dengue, zyka...) que devem servir de "excelentes atrativos" para os gringos.

Calma deputado!

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