Realmente difícil
explicar o que aconteceu na Assembleia Legislativa do RN ao longo de sua
história. Apesar da enorme repercussão sobre o caso receio que apenas a ponta
do iceberg esteja visível (leia: "ECOS DO LEGISLATIVO POTIGUAR...").
O que já veio à
tona?
O chamado “Esquema
dos Gafanhotos” (leia: “DOS "GAFANHOTOS" À "DAMA DE ESPADAS"... O QUE MUDOU?”) apontou indícios fortes sobre o descalabro com a
folha de pagamento, tanto a do governo como a da ALRN. O ex-governador Fernando
Freire está preso e um ex-deputado seridoense, dentre outros, é investigado.
O modus operandi (maneira de agir) é
similar ao que foi desnudado na “Operação Dama de Espadas” (leia: “DAMA DE ESPADAS: GRAVAÇÕES DO BALOBACO”). Pode-se
inferir, que entre as operações, pouco foi feito (caso algo tenha sido feito) para
controlar os pagamentos realizados pela Assembleia, especialmente, aqueles
referentes aos “servidores”.
A “Operação Dama
de Espadas” (leia: “DAMA DE ESPADAS: TJRN 'TRANCA' INVESTIGAÇÃO E ATENDE PEDIDO DA DIREÇÃO DA ASSEMBLEIA”) deveria balizar as ações da atual Mesa Diretora, mas o
máximo que o atual presidente foi capaz de fazer foi exonerar a procuradora
presa do cargo comissionado. Sindicância para apurar as responsabilidades?
Nada. Processos para demissão dos envolvidos? Nada. Processos para reparação de
eventuais danos ao erário? Nada (leia: "FALA AÍ DONA "DAMA DE ESPADAS": TEM ALGUM ÁS ENVOLVIDO?").
O presidente
declarou que a “Casa do Povo” continuaria trabalhando normalmente. Certamente acreditou
que tudo cairia no esquecimento e a vida mansa perduraria. Ledo engano. A cuíca
continuou roncando nas redes sociais e o “barulho” parece que chegou aos
ouvidos das autoridades.
O TCE autorizou
uma auditoria (AQUI) na portentosa folha de pagamento da “Casa do Povo”. Espera-se que
o trabalho abra a caixa preta e apresente ao contribuinte potiguar o quadro
real do que se passou, ao menos, nos últimos dez anos. Qualquer coisa
superficial servirá apenas para rebaixar a credibilidade da “Corte de Contas” e
da ALRN.
O procurador geral
da República (AQUI) determinou a abertura de investigação para aferir a legalidade dos
atos praticados na ALRN, precisamente, investigará a legalidade da criação de
cargos e benefícios para os servidores.
O “barulho”
acordou quem dormiu serenamente em berço esplendido e que, até então, nunca demonstrou
interesse em saber o que se passou na ALRN.
O véu foi rasgado
e não é possível remendá-lo. A inteligência do contribuinte potiguar não pode ser
menosprezada e a “Casa do Povo”, como Instituição, tem que ser resgatada. É hora
de separar o joio do trigo e deixar uma Instituição revigorada para as gerações
futuras ou afundá-la de vez no lamaçal.
Os 24 deputados
têm uma missão a cumprir. A missão é deveras espinhosa e muitos tombarão, mas
creio que chegou a hora de separar os Homens dos suínos.
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