No passado recente o estado do Rio Grande do Norte chegou a ocupar a segunda
posição no ranking da produção nacional de castanha-de-caju in natura, perdendo
apenas para o estado do Ceará – disparado, até hoje, o maior produtor nacional.
Atualmente, o estado potiguar ocupa a 3ª posição – perdeu espaço para o Piauí.
Até
os anos de 2010, o movimento do setor da cajucultura era considerado de
fundamental importância para a economia do Rio Grande do Norte. Na época, a
cadeia produtiva do caju chegou a empregar 150 mil trabalhadores/ano – direta e
indiretamente.
A produção e a comercialização da castanha-de-caju representavam
uma das mais importantes atividades tradicionais no Estado, já que o setor oferecia
grande potencial para a geração de renda, emprego e desenvolvimento tanto na
propriedade rural quanto nas agroindústrias localizadas nas zonas urbanas.
A maior
concentração das áreas de cajueiros está localizada nos municípios de Serra do Mel,
Cerro Corá, Macaíba, Pureza e Severiano Melo.
O fato é que o setor da cajucultura do Rio Grande do Norte passa por uma
das suas piores crises. A maioria das áreas dos pomares (cajueiros) está envelhecida;
as sucessivas secas (2010 e 2012 a 2016) reduziram a produtividade das plantas e; a
incidência de pragas, com destaque para a mosca branca que ajudou na redução da
produtividade.
Além disso, o setor não se organizou para atravessar esse longo
período crítico. Deixaram de fazer investimentos com vistas a melhoria das áreas
ainda produtivas, e consequentemente, restituir a produtividade dos cajueiros. Por
causa de tudo isso, o setor estima que para a recuperação da cajucultura o Rio
Grande do Norte levará até 10 (dez) anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário