quarta-feira, 28 de setembro de 2016

DERROCADA DA CAJUCULTURA POTIGUAR

No passado recente o estado do Rio Grande do Norte chegou a ocupar a segunda posição no ranking da produção nacional de castanha-de-caju in natura, perdendo apenas para o estado do Ceará – disparado, até hoje, o maior produtor nacional. Atualmente, o estado potiguar ocupa a 3ª posição – perdeu espaço para o Piauí. 

Até os anos de 2010, o movimento do setor da cajucultura era considerado de fundamental importância para a economia do Rio Grande do Norte. Na época, a cadeia produtiva do caju chegou a empregar 150 mil trabalhadores/ano – direta e indiretamente. 

A produção e a comercialização da castanha-de-caju representavam uma das mais importantes atividades tradicionais no Estado, já que o setor oferecia grande potencial para a geração de renda, emprego e desenvolvimento tanto na propriedade rural quanto nas agroindústrias localizadas nas zonas urbanas. 

A maior concentração das áreas de cajueiros está localizada nos municípios de Serra do Mel, Cerro Corá, Macaíba, Pureza e Severiano Melo. 

O fato é que o setor da cajucultura do Rio Grande do Norte passa por uma das suas piores crises. A maioria das áreas dos pomares (cajueiros) está envelhecida; as sucessivas secas (2010 e 2012 a 2016) reduziram a produtividade das plantas e; a incidência de pragas, com destaque para a mosca branca que ajudou na redução da produtividade. 

Além disso, o setor não se organizou para atravessar esse longo período crítico. Deixaram de fazer investimentos com vistas a melhoria das áreas ainda produtivas, e consequentemente, restituir a produtividade dos cajueiros. Por causa de tudo isso, o setor estima que para a recuperação da cajucultura o Rio Grande do Norte levará até 10 (dez) anos.

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