sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

SIS 2016: fecundidade na adolescência cai 22,1% em dez anos

Aspectos demográficos: fecundidade na adolescência cai 22,1% em dez anos
De 2005 a 2015, a fecundidade das mulheres de 15 a 19 anos caiu de 76,3 para 59,4 filhos por mil mulheres, uma redução de 22,1%. Em 2015, o Acre apresentou taxa específica de fecundidade mais elevada para este grupo etário, de 104,3 filhos por mil mulheres, enquanto no Distrito Federal o indicador foi o mais baixo, de 40,0 filhos por mil mulheres.
Já a taxa de fecundidade total para o Brasil passou de 2,09 filhos por mulher, em 2005, para 1,72 em 2015, representando uma queda de 17,7%. A faixa etária de maior fecundidade era a das mulheres de 20 a 24 anos (90,0 filhos por mil mulheres em 2015).
Uma em cada cinco pessoas de 15 anos ou mais vive em união consensual
Em 2015, 56,3% das pessoas de 15 anos ou mais viviam em união, sendo que 36,5% eram casadas no civil e/ou religioso e 19,8% viviam em união consensual. Cerca de uma em cada cinco (18,3%) pessoas nessa faixa de idade não viviam, mas já tinham vivido em união, e uma em cada quatro (25,4%) nunca viveram em união.
Para os homens, em 2015, a proporção que vivia em união conjugal foi crescente com a idade, mantendo níveis elevados (entre 70,0% e 80,0%) acima de 30 anos de idade; para as mulheres o indicador foi crescente até os grupos de 30 a 39 e 40 a 49 anos de idade, atingindo valores próximos a 70,0% das pessoas nestas faixas de idade, passando a decrescer nos grupos a partir dos 50 anos de idade.
Razão de dependência ainda mostra queda, apesar do envelhecimento populacional
Enquanto as proporções de idosos de 60 anos ou mais e de adultos de 30 a 59 anos cresceram de 2005 a 2015 (respectivamente 4,5 e 4,8 pontos percentuais), caíram as proporções de crianças de 0 a 14 anos (5,5 p.p) e de jovens de 15 a 29 anos (3,8 p.p), demonstrando uma clara tendência de envelhecimento demográfico.
Ainda assim, a razão de dependência total, medida pela razão entre as pessoas economicamente dependentes (jovens até 15 anos e idosos com 60 anos ou mais de idade) e aquelas potencialmente ativas (15 a 59 anos de idade), caiu na última década, passando de 57,2 pessoas economicamente dependentes por 100 pessoas em idade potencialmente ativa, em 2005, para 54,7, em 2015.
Porém, quando se observam os grupos etários, a razão de dependência de jovens diminuiu significativamente, passando de 41,7 para 32,5; enquanto a razão de dependência dos idosos aumentou de 15,5 para 22,2 no mesmo período.
Grupos populacionais específicos: 65,5% dos idosos no mercado de trabalho têm apenas ensino fundamental incompleto
De 2005 para 2015, o perfil do grupo de idosos que trabalham sofreu mudanças: diminuiu a proporção de idosos ocupados que recebiam aposentadoria, de 62,7% para 53,8%, e aumentou a participação de pessoas com 60 a 64 anos entre os idosos ocupados, de 47,6% para 52,3%. No entanto, o nível de ocupação dos idosos caiu de 30,2% para 26,3% no mesmo período, indicando a vulnerabilidade dos idosos no mercado de trabalho.
A baixa média de anos de estudo das pessoas de 60 ou mais ocupadas (5,7) contribui para essa vulnerabilidade. Entre as pessoas ocupadas de 15 a 29 anos de idade, a média de anos de estudo era de 10,1, e entre as de 30 a 59 anos, 8,9.
Assim, 65,5% dos idosos inseridos no mercado de trabalho tinham o ensino fundamental (ou equivalente) incompleto como nível de instrução mais elevado, o que revela uma inserção em postos de trabalho de menor qualificação. Os idosos ocupados tiveram inserção precoce no mercado de trabalho, com 24,7% deles tendo começado a trabalhar com até 9 anos de idade e 43,0% com 10 a 14 anos.
Esses indicadores evoluíram desde 2005 – fruto do envelhecimento da população mais escolarizada – quando a média de anos de estudo dos idosos ocupados era de 3,7, 81,8% tinham apenas o ensino fundamental (ou equivalente) incompleto, 32,9% haviam ingressado no mercado de trabalho com até 9 anos e 45,8% com 10 a 14 anos de idade
Aumenta o percentual de crianças que vivem em domicílios com menos de 1/4 de salário mínimo per capita
De 2014 para 2015, no Brasil, cresceram os percentuais de crianças e adolescentes que residiam em domicílios com rendimento mensal per capita de até 1/4 do salário mínimo, passando de 15,2% para 17,6% das crianças de 0 a 4 anos e de 15,9% para 18,4% das crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Porém, houve redução em relação a 2005, quando esses percentuais eram de 22,4% e 20,7%, respectivamente.
O percentual de crianças de 0 a 4 anos que viviam em domicílios sem acesso a nenhum serviço de saneamento (abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial e coleta direta ou indireta de lixo) caiu de 15,3% em 2005 para 8,1% em 2015. Observa-se, porém, disparidades regionais: enquanto no Sudeste esse percentual foi de 2,6%, na região Norte, 18,0% das crianças de até 4 anos viviam em domicílios sem saneamento em 2015.
IBGE

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