sábado, 19 de setembro de 2015

BARRAGEM DE OITICICA será concluída em 2018 e olhe lá...

Obras de construção da barragem de Oiticica, em Jucurutu, deveriam ter sido concluídas em junho deste ano (Foto: Anderson Barbosa/G1)Obras da barragem de Oiticica deveriam ter sido concluídas em junho passado (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Apontada como solução para os períodos de longa estiagem no Seridó e parte dos municípios das regiões Central e Vale do Açu, a barragem de Oiticica tem um novo prazo para ser concluída. Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a construção do reservatório só deverá ser finalizadas em dezembro de 2016. E isso, segundo o titular da pasta, se a crise econômica não retardar ainda mais o andamento das obras.
“A previsão continua sendo essa. Pode ser modificada em virtude da crise financeira, mas ainda não sabemos”, ressalta o secretário Mairton França. De acordo com o prazo inicial, Oiticica deveria ter sido concluída em junho deste ano, mas atrasos no repasse de recursos do governo federal, aliados à lentidão no pagamento das indenizações, comprometeram a execução do cronograma. Após dois anos de obras, apenas 35% dos serviços estão prontos.
Quando concluída, Oiticica beneficiará direta e indiretamente cerca de 500 mil pessoas em 17 cidades. Com capacidade para mais de meio milhão de metros cúbicos de água, será a terceira maior barragem do estado. O investimento também é considerável. 
Segundo o Ministério da Integração Nacional, a obra tem um valor global de R$ 311 milhões, dos quais R$ 292 milhões são provenientes de recursos federais e os outros R$ 19 milhões do governo estadual, responsável pelo pagamento das indenizações de desapropriações e realocação das famílias que residem no território a ser alagado.
Quando concluída, a Barragem de Oiticica vai represar as águas do rio Piranhas-Açu, que deve se perenizado com a transposição do rio São Francisco (Foto: Anderson Barbosa/G1)Quando concluída, a Barragem de Oiticica vai represar as águas do rio Piranhas-Açu, que deve se perenizado com a transposição do rio São Francisco (Foto: Anderson Barbosa/G1)
'Só vamos sair porque é o jeito'
A terceira maior barragem do estado está sendo concebida para represar as águas do rio Piranhas-Açu, que deve se perenizado com a transposição do rio São Francisco. Além de visitar o canteiro de obras e constatar que ainda há muito a ser feito, o G1 também conversou com pessoas que moram no local mais fundo do futuro reservatório.

'Só vamos sair porque é o jeito', diz dona Rita Maria da Silva, de 71 anos (Foto: Anderson Barbosa/G1)'Só vamos sair porque é o jeito', diz dona Rita Maria
da Silva, de 71 anos (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Pelo menos 50 famílias que residem na comunidade chamada Sítio Carnaúba Torta terão que deixar seus lares. A família de Manoel Pedro da Silva, de 51 anos, é uma delas. “Estamos esperando que construam uma nova casa pra gente poder sair. Tem gente que já recebeu a indenização, mas aqui onde a gente mora não chegou esse dinheiro”, reclamou.
Na mesma comunidade, numa casa localizada no alto de um monte, mora a dona Rita Maria da Silva, de 71 anos. A idosa admite ter sido ressarcida pelo governo do estado há dois meses, mas não sabe dizer quando terá que deixar o sítio. “Recebi R$ 80 mil pelas minha terras”, revelou. Com metade do dinheiro ela conta que comprou um casa nova na cidade de Jucurutu e a alugou por R$ 200. Com o restante, disse ter feito uma poupança. “Guardei no banco”, acrescentou.
Apesar do dinheiro na conta, da casa nova e da água que está por vir para matar a sede dos conterrâneos, dona Rita disse que se tivesse escolha ficaria onde está. “Por mim, morria aqui no sítio. Moro nesta casa desde os meus 17 anos, quando casei. Tive 12 filhos. Sete morreram. Os cinco que estão vivos moram todos aqui. Só vamos sair porque é o jeito”, afirmou.
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Terreno onde dona Rita mora, na parte mais funda da barragem, será alagado quando o reservatório encher  (Foto: Anderson Barbosa/G1)Terreno onde dona Rita mora, na parte mais funda da barragem, será alagado quando o reservatório encher (Foto: Anderson Barbosa/G1)

G1 RN
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Admitindo-se que a obra esteja 35% realizada, tem-se que para execução dos 65% restantes, considerando o ritmo de liberação de recursos atual, serão necessários mais 32,5 meses para sua conclusão, ou seja, junho de 2018.
A verdade é que os políticos do RN só têm força para posar ao lado de algum ministro "encostado" do governo Dilma e, em seguida, discorrer sobre a mesmice, platitudes...
Do Ministério da Integração Nacional só se tem mesmo carro pipa e, esporadicamente, uma "merrequinha" aqui, outra acolá, foto com o tal Occhi e bravata, muita bravata.

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